


É outono...
E o ar morno da noite
Em um convite solitário
Leva-me de encontro à tua doce lembrança.
É outono...
E posso ver as estrelas que no céu
Brincam de se esconder entre as nuvens no
firmamento
A se alimentar do luar, enquanto eu
Eu, estrela apagada em confinamento, fico a te
esperar.
É outono...
E sou levada pela magia do momento
A recordar nosso ninho
Nossos desejos
Nossa trilha de carinho
Permitindo que ainda sinta
Teus lábios percorrendo
Os caminhos mais desertos em mim
O lado mais íntimo de meu silêncio
Na mais doce magia de um beijo devastando todo meu
ser.
Sua mão em meus seios permitia, ao meu corpo
O despertar dos arrepios
Emoções, calafrios
No auge do meu prazer.
Posso sentir teus braços apertando-me contra teu
peito
De onde jamais desejei sair.
É outono...
E as estrelas choram comigo
A lembrança triste de sua partida
Pois sei não mais voltará.
É outono...
E eu te recordo
Nessa noite de calma vazia
Na qual só me resta sonhar...

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