
Gigantescas ondas deslizam
Torturando o pequeno barco
Aflito
Em meio ao conflito
No mar a navegar.
Ao longe
Majestosa
Emergi das profundas águas
Livre das argolas
A gaivota
Esguia
E vitoriosa!
Sou gaivota...
Tendo asas amputadas
Mortificadas
Dilaceradas
Na triste inércia de mim.
Mergulho...
No imenso silêncio sombrio
Das ondas que morrem, enfim
Na escuridão, de meu fiel abismo
Em minhas profundezas...
Sem fim.
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